Reflexões sobre a EaD

A EaD é realidade! Está presente em diferentes níveis da educação no Brasil e proporciona o acesso a educação àqueles que tinham o sonho de estudar. Por que então, ao invés de conhecer a EaD, de vibrar com essa conquista, de trabalhar para que cada dia se torne melhor, alguns, simplesmente, repudiam, criticam essa ferramenta de ensino? Julgam ineficaz sem sequer ter o conhecimento de como funciona? Será que ainda se tem o “ranço” do passado de que nem todos devem ter acesso à educação e, assim, se mantém manipuláveis?

Tem-se hoje a possibilidade de levar conhecimento para mais pessoas, de fazer com que haja desenvolvimento, pois quanto mais as pessoas adquirem saber mais elas produzem, melhor elas vivem.

A distância não é mais empecilho para o crescimento, para o saber. Pode-se aprender em qualquer distancia, em qualquer lugar .... não tem-se mais fronteiras e, precisa-se urgentemente aprender a viver nesse novo mundo.

Esse foi o primeiro texto que escrevi para o meu blog sobre a EaD. Como me referi acima acredito que haja uma resistência em aceitar a EaD por vários motivos que vão do desconhecimento, passando pelas errôneas informações e chegando até a negação do acesso a educação a uma população que até pouco tempo sequer tinha a chance de concluir algum nível acadêmico.

Confesso que nunca tive preconceitos quanto a EaD, pois sempre acreditei que a aprendizagem se dá por estímulos que independem de um professor presente ou não, mas sim de ferramentas eficazes para a orientação do aluno e da motivação em conhecer deste.

No artigo do Prof. Moran “Menos tutela e mais educação autônoma” pode-se refletir sobre a questão do papel do educando no processo de aprendizagem. No texto ele salienta a importância da educação integral, aquela que forma o indivíduo para a vida e, que o educando é responsável pelo seu caminho do conhecimento a partir de um ensino livre que considere o tempo e a capacidade de cada um. Cabe então, a escola e a família oferecer subsídios para a construção desse caminho e, assim dar ao indivíduo o desenvolvimento da sua capacidade de fazer escolhas.

Durante esse período de realização do trabalho pude verificar em diversos blogs, aos quais segui, uns em que fiz comentários, outros que somente li os artigos, inúmeras informações sobre a EaD, discussões que realmente precisam ser consideradas para que essa ferramenta de ensino torne-se cada vez mais completa e eficiente.

Não se pode, simplesmente, ampliar o acesso a educação através da EaD se não houver avaliações constantes quanto a sua qualidade, precisa-se, sim, possibilitar o acesso à todos aqueles que buscam o conhecimento, entretanto dando à estes um ensino de qualidade.

Como o artigo postado por Simone Medeiros “Ensino a distancia traz flexibilidade de tempo e custo, mas é preciso tomar cuidado”, que enfatiza esse foco, acredito que deve-se atentar para essa questão, que considero central no que tange a EaD, a qualidade do ensino, pois independente do tipo de educação está a capacitação dos profissionais envolvidos e, essa deve ser contínua.

Acredito que os profissionais precisam além da formação contínua desenvolver sua visão para o novo .... abrir mão dos seus paradigmas em benefício da melhoria da sua função, ou seja, transmitir conhecimento e estimular crescimento do educando.

A tecnologia faz parte de nosso cotidiano e deve ser encarada como ferramenta de auxilio para o professor e, não como um empecilho para o seu trabalho. Os educadores precisam conhecer as possibilidades que a tecnologia apresenta e acompanhar o processo dinâmico de seu desenvolvimento, com o intuito de disseminar esse conhecimento no ambiente acadêmico.

Por fim, a experiência no compartilhamento de informações junto a outros blogs contribuiu de forma efetiva para ampliar a discussão a cerca da EaD, assim como para verificar que, embora essa ferramenta exista há muito tempo, ainda há muito o que aprender e há muitos obstáculos a vencer, principalmente quanto a sua aceitação.

Profª. Luciana Krebs